CEIS E EMEIS.
Nós, professoras e professores da Educação Infantil, devemos ter e viver a consciência de como é nobre o nosso fazer.
As mobilizações dos profissionais da educação proporcionam para toda a sociedade avanços nas questões educativas e com isso todos ganham. Temos assim uma dupla responsabilidade quando lutamos pelas melhorias que queremos.
Independentemente do grupo que governará nos próximos 04 anos, devemos construir esse entendimento de como é importante nossa luta em defesa do nosso fazer, da nossa valorização, enfim de todas as questões que almejamos conquistar. Essa luta, não se faz em reuniões de gabinete, e ou reuniões com representantes, ela só acontece e atinge nossos objetivos com todas e todos envolvidos, inclusive com a participação real de nossas crianças e suas famílias.
Breve Histórico:
Nessa gestão tivemos inúmeras perdas e o que conquistamos foram frutos de 17 dias de greve em 2006. O recuo do projeto: São Paulo é uma escola e o fim do pré e pós aula foram conquistas pedagógicas onde todos (nós, alunos, pais e funcionários) ganhamos.
A gratificação educacional e a política de piso foram as “reposições” oferecidas que, infelizmente, nossas entidades sindicais aceitaram. Hoje, principalmente os novos ingressos na carreira, convivem com as decepções quando evoluem porque essa política de piso só permite a mudança de parte do valor de um código para o outro. Nem quando ultrapassamos o valor estipulado no piso, conseguimos ver uma diferença real porque perdemos o auxílio alimentação, que hoje é de R$ 201,00.
A lei 14.660/07, que foi “vendida” para todos como “conquista” devido à “transformação” dos professores adjuntos em titulares, só garantiu perdas em todas as esferas. TODOS perderam a palavra TITULAR. E os “transformados” convivem com as angústias de uma escolha que será ON LINE.
Os professores e professoras de CEIs, isolados na carreira, com horário e formação diferenciada convivem com mais arrochos como a Portaria n ° 3.168/08 que diz:
“9.2.3. Durante o ano letivo, remanescendo vagas disponíveis para determinado agrupamento e na inexistência de crianças cadastradas para essa faixa etária na unidade e no setor, a Diretoria Regional de Educação poderá autorizar, em caráter excepcional e mediante solicitação da direção do CEI (creche), o encaminhamento para matrícula de crianças cadastradas com idade imediatamente inferior, no agrupamento com vaga disponível, respeitada a ordem decrescente de idade.”
Esses ARROCHOS existem para atingir o objetivo da LEI 14.660/07 que é o oferecimento das vagas de EMEIs para os profissionais de CEIs antes da publicação de edital para o próximo concurso para EMEI. Caso aceitem mudar, não terá volta e com isso o Secretário de Educação dirá para todos que não tem profissionais concursados para os CEIs e justificará a finalização da PRIVATIZAÇÃO dos CEIs. Como ele fez, no dia 09, na reunião de RE do Sinpeem para justificar as privatizações do quadro de apoio (limpeza e cozinha) e disse mais: que foi a pedido dos DIRETORES DE ESCOLAS e que se quiséssemos era só informar ao CONSELHO DE ESCOLA, colocarmos em votação que ELE, SECRETÁRIO, tira as EMPRESAS TERCERIZADAS DAS ESCOLAS. Quando, perguntaram quem iria no lugar, porque não existe concursados e nem interesse em abrir novos concursos, simplesmente fingiu que não ouviu.
Convivemos também com a desvalorização do nosso fazer quando, sem nenhum preparo , tiraram as nossas crianças das EMEIs e jogaram nas EMEFs. Numa política de “ensinagem”, conteudista o BRINCAR É CRIME!
VALORIZAÇÃO DO NOSSO FAZER, CONSCIENTIZAÇÃO DE TODOS ENVOLVIDOS COM O NOSSO TRABALHO E A LUTA REAL ,FARÃO AS MUDANÇAS QUE TANTO QUEREMOS!
sábado, 6 de dezembro de 2008
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