domingo, 10 de maio de 2009
Vergonha!!!!
4 - Creche cobra para garantir vaga que não existeGabriela Gasparindo Agora Proprietários de uma escolinha particular do Grajaú (zona sul de SP) estão prometendo a matrícula em uma creche conveniada inexistente para mães carentes do bairro, mediante pagamento de taxa de até R$ 200, segundo denúncias feitas na semana passada ao conselho tutelar da região. As vagas foram prometidas a mães que aguardam há cerca de dois anos por uma vaga para seus filhos em creches municipais do Grajaú. Lá, a fila de espera pela matrícula nas unidades da prefeitura é a maior da cidade: 3.858 crianças aguardavam para serem chamadas em março, segundo balanço da própria gestão Gilberto Kassab (DEM). Além da promessa de uma vaga em creche pública inexistente, o esquema serviria para furar a fila de espera. Duas mães fizeram a reclamação ao conselho tutelar, que apura os casos. Elas dizem terem sido abordadas há um mês pela escolinha Recreação Infantil Caminho Certo. Ambas não deram a grana. Uma outra mãe, que aceitou a proposta, não fez a denúncia e conversou com a reportagem. A diarista Regina (nome fictício) disse que os proprietários pediram R$ 150 a ela para a garantia da vaga. Na semana passada, a mãe disse que já tinha pago R$ 60 (o pagamento foi parcelado). Regina afirmou que os donos da escolinha ligaram para ela dizendo ter conseguido o telefone dela com a creche Jardim das Acácias, onde, há cerca de dois anos, ela inscreveu o filho de três anos. A diarista disse que não fez a denúncia porque esperaria até o começo de junho, prazo prometido pela entidade para entregar a suposta creche. Sem convênioSegundo as mães, os proprietários afirmam que as colaborações servirão para acabar a construção de um prédio na rua Pedro Escobar, onde disseram que será a creche. A escola particular, entretanto, não tem convênio com a prefeitura. Ela nega as acusações e diz ter um projeto para se conveniar. Em conversa acompanhada pela reportagem --que não se identificou--, a escolinha disse às mães que menos de dez pais aceitaram o acordo, que não está mais sendo feito. A diarista Shirley Crescência do Rosário, 23 anos, fez a denúncia. Shirley disse que a escolinha pediu R$ 200 por cada um dos dois filhos para os quais ela queria garantir a vaga. Ela fez a inscrição dos dois filhos no CEU Navegantes há um ano, um para a creche e o outro para o ensino fundamental. Ambos estão na fila. Marinalva dos Santos Sousa, que também aguarda vaga na creche Jardim das Acácias para a filha de dois anos, disse que foi procurada por telefone pela escolinha. O marido dela, V.M., disse ter prometido um saco de cimento para a garantia da vaga, mas ainda não o entregou.
Uniforme escolar
Pela 4ª vez, Kassab atrasa entrega de uniformeJéssika Torrezan do AgoraQuase três meses depois do início do ano letivo na rede municipal de São Paulo, ainda há alunos que não receberam o uniforme nem o material.São 44 escolas administradas pela gestão Gilberto Kassab (DEM), de um total de 1.026, onde as crianças ainda nem receberam as roupas de verão –em pleno outono.Ontem, aliás, foi o último dia do prazo dado pela Secretaria Municipal da Educação para que a entrega dos uniformes terminasse. É o quarto atraso na entrega das roupas.A primeira data de distribuição da prefeitura foi 11 de fevereiro, início do ano letivo na rede. Depois, a entrega foi adiada para 2 de março e, posteriormente, para o dia 9 do mesmo mês, quando começou a distribuição dos uniformes, pela zona leste.Mas, mesmo naquela região, ainda existem colégios que não receberam os kits, como o CEU Vila Formosa (leia texto nesta página).Além de prejudicar os alunos e os pais –que gastam grana comprando material por causa da demora da prefeitura–, a lentidão na distribuição dos uniformes deve atrasar também a entrega das roupas de inverno: um conjunto de tactel, tênis e cinco pares de meia. A secretaria afirma que o prazo para esses uniformes está mantido.Centro, zona sul, leste…Além do atraso no CEU Vila Formosa, na zona leste, falta uniforme em outras regiões da cidade. Na escola Celso Leite Ribeiro Filho, na Bela Vista (centro), pais contaram que a escola exige o uso do uniforme, mesmo sabendo que as crianças não os receberam. “Pedem para vir com o do ano passado, apesar de saberem que as crianças sujam, rasgam os uniformes, essas coisas. O jeito foi dar uma remendada na calça para ela poder usar, apesar de estar curta”, conta Ronaldo Nascimento, 32, cuja filha, Renata Nascimento, 7 anos, cursa o segundo ano do ensino fundamental.Selma Correia, 25 anos, reclama que o sobrinho Marcus, 9, tem de ir à escola com a camiseta curta na barriga e esgarçada na gola. “Nem sei como vai ser quando esfriar, a roupa de frio não serve mais.” De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão é que, na média, a temperatura mínima entre maio e junho fique em 11C na cidade de São Paulo.A escola Brigadeiro Faria Lima, na Aclimação (zona sul), também não tinha recebido os uniformes. Os materiais começaram a ser entregues na quinta. “É um dinheiro que ninguém irá devolver. Quando chega o material, nem temos mais o que fazer com eles”, diz Claudia Maria de Souza Bento, 48 anos, mãe do aluno Lucas Souza, 12. Pai de uma estudante, o caseiro Leonildo Vieira, 62, não reclama mais. “Já me acostumei, todo ano é assim. Eu compro o material e pronto.”
Do blog do Favre
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